Diferentes papéis

Ainda há pouco tempo pensava, e até o disse aqui, que gostava de ter mais um bebé.
Quando tudo está bem, apesar do trabalho inerente, consigo pensar assim, mas nesta semana com elas as duas adoentadas, só me apetecia chicotear-me por ter tal pensamento!
Eu não suporto ver as minhas filhas doentes, simples febres, vulgares doenças infantis, tiram-me a alegria e força.
Não sou daquelas mães despreocupadas ou optimistas, fico logo a pensar no que pode estar por detrás e não dou descanso ao pediatra, que é um amor por sinal e tem uma paciência de Jó para esta mãe à beira de um ataque de nervos.
Já com a Tiz era assim e agora assim o é, a dobrar. São nestes momentos que acho melhor ficar quietinha, que sinto que não tenho arcabouço para mais.
Todos os dias tenho que me desdobrar em papéis diferentes, Eu1- mãe da Tiz, Eu2- mãe da Matilde, Eu3- dona de casa, Eu4- profissional e o Eu5, coitado é o que mais vezes fica esquecido e submerso em tantos Eus que tenho que desempenhar, o de mulher do P.
Mas ele é um amor, não é a primeira vez que passamos por isto e sabemos que com o tempo vai melhorar.
Claro que nesta equação, nem entra o Eu Nádia, esse coitado bem que tenta vir ao de cima, mas não tem como... Há dias que custam mais do que outros, mas na maioria deles, vivo bem com esta realidade... Lá está sei que com o tempo tudo melhora.
(Mas há dias em que apetecia tanto sair do trabalho e ir dar uma corridinha, sem pensar em banhos e jantares...)
Enfim, o que espero é conseguir dar conta de todos os papéis que é esperado que eu desempenhe e que não deixe ficar mal nenhum deles, sobretudo os 2 primeiros.