Não, não é o meu. Simplesmente apetece-me dissertar um pouco sobre este tema, uma vez que é cada vez mais frequente, questionarem-me acerca disto.
A maioria das pessoas acha que por alguma razão, está na altura ter um 2º filho e que a Tiz precisa de ter um irmão.
Eu e o meu irmão temos quase 5 anos de diferença, e na nossa família somos os que têm menos diferença de idade. Os nossos primos têm 9, 10 e 12 anos de diferença em si.
Não sei se devido a isto, mas o que é certo é que nunca me habituei a ver irmãos com diferença de 1, 2 anos entre si.
Também nunca tive uma opinião formada sobre este assunto, nunca disse que queria ter filhos com x anos de diferença.
A minha opinião sobre este assunto, formou-se precisamente depois de ser mãe: Não queria ter filhos com pouca diferença de idade entre si.
Tratar de um bebé é demasiado exigente e cansativo, por isso não queria ter outro filho sendo o primeiro ainda bebé, a usar fralda, a precisar que lhe dê a comida à boca, a ter que o adormecer...
Bem sei que o amor de mãe, não se divide, multiplica-se, mas o mesmo não acontece com o resto, os braços continuam a ser 2, o dia continua a ter 24 h, e também as horas de sono têm que se dividir por 2 bebés.
E eu sou (já fui mais) muito picuinhas e exigente, sempre gostei de ser eu a fazer tudo à minha filha, e quando não faço, gosto de supervisionar. Tenho que ter tudo o que diz respeito a ela sob controle. Pensar que tinha que delegar as tarefas relacionadas com a minha filha a outra pessoa, porque eu tinha que tratar de um bebé, deixa-me meio ensandecida. Não conseguiria. Ou antes, teria que conseguir, mas seria profundamente infeliz.
Acho que um bebé, é uma coisa tão maravilhosa, e um tempo que passa tão depressa, que tem que ser bem aproveitado. E ao ter 2 bebés, alguma coisa ficaria para trás.
Mas neste momento a Tiz já não é nenhum bebé, é cada vez mais independente e autónoma e já seria mais fácil, conjugar as suas rotinas com as de um bebé.
Mas ainda não senti o "chamamento", como senti da Tiz. E ao ter outro filho quero que seja tão desejado, quanto foi a minha princesa.
Provavelmente o 1º pensamento que tive quando pus os olhos na minha filha, ainda toda ensaguentada, foi de que seria filha única. No segundo seguinte, lembrei-me que existe a cesariana. E já fiquei mais descansada, nunca imaginei ter um filho único, sempre achei muito triste e egoísta.
Neste momento, para além do grande trauma que foi o parto da Tiz, o que me desincentiva de ter outro filho é estar tão longe de casa, da minha família.
Sofri muito, mas mesmo MUITO, depois da Tiz nascer. Não sabia verdadeiramente o que era estar longe da minha família, até ter sido mãe.
Fiquei emocional e psicologicamente de rastos. E parte de mim nunca recuperou até hoje.
A Tiz é muito meiga e gosta muito de crianças, desde bebés a crianças mais crescidas. Aos primeiros, mima, faz festinhas, dá beijinhos, é mesmo muito maternal. Para os segundos, olha absolutamente fascinada e quer seguir-lhes os passos.
Aos da idade dela, adora dar beijos e abraços e até me dói o coração quando não é correspondida. Fica tão tristinha.
Ela costuma dizer : Eu não tenho manos, tenho primos.
Mas já disse que gostava de ter manos, para brincar. Ela é uma menina muito sociável e adora crianças, quando está com elas e é hora de sair e ir para casa fica triste. Mas depois passa-lhe.
E eu lembro-me que tinha sempre o meu irmão. Nem que fosse para andarmos à pancada. Nunca me sentia sozinha e desacompanhada.
Há umas noites atrás, sonhei que estava grávida e há minha volta havia muita gente contente, eu não... estava angustiada, desesperada. Foi muito estranho e senti um alívio quando acordei.
Tudo na vida tem um Tempo, pode ser que o Tempo me traga outros sentimentos. Por agora, sinto que é Tempo de aproveitar O amor da minha vida, que está cada vez mais divinal!