quinta-feira, 22 de abril de 2010

2º filho

Não, não é o meu. Simplesmente apetece-me dissertar um pouco sobre este tema, uma vez que é cada vez mais frequente, questionarem-me acerca disto.
A maioria das pessoas acha que por alguma razão, está na altura ter um 2º filho e que a Tiz precisa de ter um irmão.

Eu e o meu irmão temos quase 5 anos de diferença, e na nossa família somos os que têm menos diferença de idade. Os nossos primos têm 9, 10 e 12 anos de diferença em si.
Não sei se devido a isto, mas o que é certo é que nunca me habituei a ver irmãos com diferença de 1, 2 anos entre si.
Também nunca tive uma opinião formada sobre este assunto, nunca disse que queria ter filhos com x anos de diferença.
A minha opinião sobre este assunto, formou-se precisamente depois de ser mãe: Não queria ter filhos com pouca diferença de idade entre si.


Tratar de um bebé é demasiado exigente e cansativo, por isso não queria ter outro filho sendo o primeiro ainda bebé, a usar fralda, a precisar que lhe dê a comida à boca, a ter que o adormecer...
Bem sei que o amor de mãe, não se divide, multiplica-se, mas o mesmo não acontece com o resto, os braços continuam a ser 2, o dia continua a ter 24 h, e também as horas de sono têm que se dividir por 2 bebés.

E eu sou (já fui mais) muito picuinhas e exigente, sempre gostei de ser eu a fazer tudo à minha filha, e quando não faço, gosto de supervisionar. Tenho que ter tudo o que diz respeito a ela sob controle. Pensar que tinha que delegar as tarefas relacionadas com a minha filha a outra pessoa, porque eu tinha que tratar de um bebé, deixa-me meio ensandecida. Não conseguiria. Ou antes, teria que conseguir, mas seria profundamente infeliz.
Acho que um bebé, é uma coisa tão maravilhosa, e um tempo que passa tão depressa, que tem que ser bem aproveitado. E ao ter 2 bebés, alguma coisa ficaria para trás.

Mas neste momento a Tiz já não é nenhum bebé, é cada vez mais independente e autónoma e já seria mais fácil, conjugar as suas rotinas com as de um bebé.
Mas ainda não senti o "chamamento", como senti da Tiz. E ao ter outro filho quero que seja tão desejado, quanto foi a minha princesa.
Provavelmente o 1º pensamento que tive quando pus os olhos na minha filha, ainda toda ensaguentada, foi de que seria filha única. No segundo seguinte, lembrei-me que existe a cesariana. E já fiquei mais descansada, nunca imaginei ter um filho único, sempre achei muito triste e egoísta.

Neste momento, para além do grande trauma que foi o parto da Tiz, o que me desincentiva de ter outro filho é estar tão longe de casa, da minha família.
Sofri muito, mas mesmo MUITO, depois da Tiz nascer. Não sabia verdadeiramente o que era estar longe da minha família, até ter sido mãe.
Fiquei emocional e psicologicamente de rastos. E parte de mim nunca recuperou até hoje.



A Tiz é muito meiga e gosta muito de crianças, desde bebés a crianças mais crescidas. Aos primeiros, mima, faz festinhas, dá beijinhos, é mesmo muito maternal. Para os segundos, olha absolutamente fascinada e quer seguir-lhes os passos.
Aos da idade dela, adora dar beijos e abraços e até me dói o coração quando não é correspondida. Fica tão tristinha.
Ela costuma dizer : Eu não tenho manos, tenho primos.
Mas já disse que gostava de ter manos, para brincar. Ela é uma menina muito sociável e adora crianças, quando está com elas e é hora de sair e ir para casa fica triste. Mas depois passa-lhe.
E eu lembro-me que tinha sempre o meu irmão. Nem que fosse para andarmos à pancada. Nunca me sentia sozinha e desacompanhada.

Há umas noites atrás, sonhei que estava grávida e há minha volta havia muita gente contente, eu não... estava angustiada, desesperada. Foi muito estranho e senti um alívio quando acordei.


Tudo na vida tem um Tempo, pode ser que o Tempo me traga outros sentimentos. Por agora, sinto que é Tempo de aproveitar O amor da minha vida, que está cada vez mais divinal!

14 comentários:

  1. :) Gostei de ler o post.
    Bjinhos grandes

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  2. isso depende das pessoas.
    existem pessoas que gostam de ter filhos com pouca distância de idades, outro com muita.

    e, depois, temos de pensar, SEMPRE, nos aspectos positivos e negativos que isso pode trazer.

    beijos.

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  3. entendo tão bem o q escreves... mas eu sempre disse q os queria com pequena diferença entre eles e já não vou para nova... por isso, avançámos depressa para o JOão. Durante a gravidez muito disso q escreves me passou pela ideia. Mas agora q ele cá está, minha querida, só se perdeu o tempo q estive(mos) sem ele. Ele e a Ana são OS amores maiores da minha vida e não saberia jamais viver sem ele. É um amor tão grande, mas tão grande que chega a roçar o obsessivo (sem q o da Ana tenha diminuido um milímetro, pelo contrário). E mãos, braços e pernas de mãe, parece que viramos centopeias: chegam a todo o lado e são bem capazes de fazer tudo. É incr(ed)ível, mas a verdade. Agora, lindo, lindo é já estar com pena que este menino cresça e deixe de ser bebé. Embora seja uma vitória, uma alegria ver as suas conquistas e querer vbê-lo autónomo um dia como a Ana hoje, mas... a saudade deste miminho, desta doçura aninhada em mim, destes olhos que me olham como se não houvesse mundo além de mim. Sim, fica muita saudade e isso dá alento para se chegar ao 3.º, ao 4º... (e se este parto foi complicado!!!!). Enfim...
    O teu coração te dirá melhor. E tu, todos ouvirás, mas o teu seguirás. Beijo enorme

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  4. O 2º filho tem que ser sem duvida desejado, e temos que estar preparadas, independentemente da diferença de idades, é sempre complicado 2 crianças....Mas é muito bom ter irmãos...

    Beijinhos,

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  5. Concordo plenamente contigo... A minha filha também ainda é muito pequenina precisa de muito miminho e muita atenção só para ela.
    Beijinhos

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  6. Olá minha linda! Desculpa estar a me intrometer neste post mas tenho que te dizer que com as tuas palavras fiquei com a sensação que estás a dramatizar um pouquinho essa possibilidade... Não me leves a mal minha linda, sabes que te adoro e a barriga é tua :)))! Mas por vezes fico com a sensação que infelizmente quando estão connosco vocês acabam por assistir às situações mais complicadas e que realmente existem quando se tem 2 bebés... No entanto foi a melhor coisa que nos aconteceu e não imagino o meu mundo sem o amor deles por mim, os seus abraços no meu pescoço, até as horas mal dormidas (que entretanto voltaram ao normal)! Amo o Lourenço mas o meu coração tem espaço para muito mais... Se me disseres que realmente não te sentes segura para te meteres nessa nova aventura por não teres cá o apoio dos teus pais que tanto amas, aí percebo-te tão bem minha linda, não te metas nisso :) Mas acredita em mim, o que acontece é que o amor que sentias pela Beatriz não iria ser o único, ia ser um lindo novo amor, essa magia repete novamente...

    Gosto muito de ti!!!
    Beijinhos!

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  7. Claro q sim. Tudo tem o seu tempo e ainda bem q há gente q pensa como tu, caso contrário, eu não estaria cá, pois a minha mana tem + 12 anos do q eu!! Não fui "planeada", mas fui mt bem recebida!

    Qd sentires que é o momento certo, dás o passo e se voces entenderem que nao tem de ser... os outros q se aguentem!...

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  8. Interessante o teu ponto de vista ;)vou deixar o meu mto resumidamente..
    Eu tenho irmãos, mas pretendo que a minha filha seja única, tive uma infancia feliz e estruturada mas não me parece que amor de mãe se multiplique mas sim mais que se complique ehhehe
    o que me sentia muitas vezes e ainda hoje sinto é que poderiam ter feito mais por mim e me ter dado mais se n tivessem que dividir entre 4 irmaos, e muito sinceramente tive pais como há mtos poucos, que faziam 30 por uma linha para nos sentirmos amados e felizes..
    o que eu sei é que a minha filha tem todo o meu amor, paciencia e falta dela tb, só para ela..e não me parece que irmãos lhe façam falta, pq para qq criança o melhor brinquedo é mesmo outra criança. mas é so vista como brinquedo ;)

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  9. Tirando a parte da família (que tenho a sorte de ter por perto) sinto como tu...
    A Maria adora crianças e sinto-me mal por ela não ter manos... Ela está sempre a querer brincar e a partilhar e quando não é correspondida parte-me o coração e penso logo que um mano/a iria corresponder...
    E depois há a parte do cansaço... estou tão cansada... e as noites... com a Maria ainda não está tudo bem... tem noites que acorda tantas vezes, e começar tudo de novo :(
    Mas de vez em quando sinto o relógio biológico...
    Olha não sei!
    Beijinhos para vocês

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  10. Olá.
    Cheguei aqui através da Mara, ainda este post estava 'destacado' como o primeiro.

    Sou mãe e tenho um bebé que na próxima semana completa 16 meses de vida. Ao ler as tuas palavras, revi-me em parte nelas. Nunca sonhei ter simplesmente um filho, mas com a vida que eu tenho, sem ninguém para me deitar a mão quando eu posso precisar, tudo se torna difícil.

    Acredito que conseguimos fazer as coisas melhor, com dois filhos, porque dizem as mais experientes que assim é. Mas, tal como tu, não tenciono ter o meu segundo tão cedo. O meu filho precisa de muita atenção, de muito carinho e de muito mimo, já que aqui em casa (e na zona) somos três. Quando tiver alguma autonomia, pensaremos no assunto.

    Hoje em dia, as coisas não são fáceis. Sou professora, tenho n de trabalho na escola e às vezes é difícil conciliar todas as tarefas que me estão destinadas. Às vezes vem-me um flash à cabeça e penso que não tenho vida para ter mais filhos. Mas rapidamente isto me passa... Eles são, sem dúvida, o melhor da nossa vida. E nós, mais do que ninguém, saberemos qual o momento certo. Porque todos nós somos diferentes, temos pontos de vista diferentes e encontramo-nos em situações diferentes.

    Irá chegar o dia certo!


    Beijinhos

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  11. pensas como eu!
    Percebo-te perfeitamente!
    Bjs

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  12. E qual é a opinião do maridão? A mesma?

    Se sim não se preocupem de todo. O chamamento há-de chegar. Comigo senti-o do primeiro para o segundo tinha mais ou menos o meu mais velho a idade da tua.

    Sempre aconselhei que não deixassem os bebés filhos únicos e acho que a questõa da diferença de idades tem a ver com a proximidade entre irmãos. Eu tenho 13 meses de diferença da mana mais velha e 8 anos e tal da mais nova. Quer eu queira quer não não a vejo só como irmã mas também um pouco como filha e só agora se começa a atenuar o fosso de gerações (sim, porque para mim ela já pertence a outra geração).

    Como te estava a dizer, costumava aconselhar mas cada vez menos. Cada um é que sabe o que é melhor para si.

    Beijo muito grande

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  13. Olá!
    O post da SCAS parece que foi escrito por mim!!!
    Resta-me acrescentar que sou filha única e odeio! Por isso, sempre quis ter dois filhos. Do lado do maridão, já havia historial de irmãos com um ano e pouco de diferença. Portanto, os meus filhotes terem menos de dois anos de diferença foi muito natural. E quando estou estoirada, olho para eles, a brincar ou a brigar mas sempre juntos, e sinto-me feliz. Muito gostava eu de ter tido irmãos. Não aconteceu comigo mas fiz acontecer com os meus filhotes - apesar das gravidezes de alto risco, passadas deitada na cama, o mais quietinha possível (dos partos, é melhor nem falar)!!! :o)**

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  14. minha querida,eu percebo o que descreves mas nao fiz da mesma maneira!
    sempre sonhei em ter tres filhos com dois anos de diferença entre eles.ja tenho dois...teem dois anos de diferença mas o terceiro finalmente nao serà para agora porque,sei là,mudei de ideias,o marido tambem nao quer muito,é complicado por vezes gerir dois bebes sim senhora...eu estou muito feliz por ter a matilde e o gabriel e nao imagino a minha vida de outra maneira mas a matilde ainda é muito pequena e precisa de muita atençao,tem ciumes dos irmao as vezes so porque decidi que o vestia pimeiro...e nisso por vezes penso que se calhar podia ter esperado um pouco mas acho profundamente que nao importa a idade entres os manos porque sempre havera ciumes e zangas e os mais velhos sempre quererao mimos e atençao!!
    por isso mamà linda,faz o que teu coraçao indica,quando etiveres preparada aqui estaremos para ler!!
    muitos beijinhos para voces.

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